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Os impactos da estiagem na região Sul e do excesso de chuvas em alguns estados das regiões Nordeste e Centro-Oeste na safra 2021/2022 serão tratados numa reunião nesta semana em Brasília entre técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e lideranças do setor de agronegócio. Entre as entidades que pediram a reunião estão a Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) e o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), que agrupa os conselhos profissionais regionais (Creas) de 27 estados e do Distrito Federal.

A reunião deve ser na quarta-feira (16), segundo o vice-presidente do Crea-PR, Clodomir Ascari, que também é vice-presidente da Confeab na região Sul.

As estimativas da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Paraná apontam perdas da ordem de mais de R$ 16 bilhões no estado, devido à estiagem prolongada desde dezembro em regiões produtoras, principalmente de soja e milho. A agricultura paranaense projetava uma safra com 21 milhões de toneladas. Hoje, a projeção indica algo próximo a 8 milhões de toneladas.

“Todos vão sofrer com os impactos e por isso esse encontro de lideranças em Brasília com os assessores da ministra Tereza Cristina. Estamos tratando com a equipe dela”, afirma Clodomir Ascari. Diante do cenário de prejuízos entre os diversos estados afetados, a Confaeab enviou uma carta ao Mapa no início do mês, com 31 tópicos expostos em um manifesto de apoio aos produtores rurais para reduzir os impactos da quebra da safra. Entre as sugestões está a liberação de crédito emergencial. Na semana passada o governo federal suspendeu o crédito rural subsidiado até o dia 28 deste mês.

Várias outras medidas foram solicitadas pelas entidades do agro: incentivos para linhas de crédito em condições acessíveis para aquisição de sistemas de irrigação, a exemplo de todas as operações de crédito rural, mediante acompanhamento técnico no projeto, execução e manejo posterior das áreas; aumento na velocidade com que o pagamento do seguro rural seja aprovado; implantação de políticas agrícolas para o manejo de solos e que minimizem os impactos das estiagens; redução dos prazos de análise de recursos pela Comissão Especial de Recursos (CER) e revisão dos valores de honorários pagos aos encarregados de comprovação de perdas do Proagro – que estão há 3 anos sem reposição de honorários, por exemplo.

O Paraná esperava produzir 4,2 milhões de toneladas de milho nesta safra e pelas estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral) da secretaria – houve uma quebra de aproximadamente 35% e uma redução de produtividade para 2,7 milhões de toneladas. Conforme estimativas do Crea-PR, os prejuízos só não serão maiores pois cerca de 50% da produção orizícola utiliza água armazenada em reservatórios construídos pelos próprios produtores ao longo dos últimos cem anos.

“Os agricultores estão perdendo lucratividade. Alguns já tinham contraído dívidas para investimentos em maquinário, como tratores, plantadeiras e colheitadeiras. Precisamos de medidas para garantir o custeio e para que o agricultor não fique inadimplente”, diz Clodomir Ascari.

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